Ao avançar pelas etapas de criação, secagem e cura do seu projeto com resina epóxi, chega uma etapa crucial para o resultado do trabalho: a fase de acabamento Como lixar e polir a resina epóxi.
De fato, é um momento crítico do projeto e vários detalhes precisam ser levados em consideração para não colocar tudo a perder.
Mas não se preocupe! Eu reparei para você um Manual de Como lixar e polir a resina epóxi para que seu trabalho fique com aquele acabamento impecável.
A importância da secagem e da cura antes de lixar e polir a resina epóxi
Antes de iniciar o processo de lixamento é fundamental ter noção da importância do processo de secagem e cura da resina epóxi.
A resina não pode estar simplesmente seca, deve estar minimamente curada. Eu vou te explicar a diferença de secar e curar.
Ao iniciar o lixamento sem que a peça esteja, no mínimo, um pouco curada, corre-se o risco de deformar a peça ou superfície em função do atrito causado pela lixa ou até mesmo trincar a peça. Portanto, paciência é de suma importância durante esse processo.
Caso não seja possível aguardar o tempo para a cura adequada, existem alguns truques para acelerar o processo.
O uso de estufas para peças pequenas pode ser interessante. Para trabalhos maiores, aumentar a temperatura do ambiente é uma boa solução. A resina epóxi aguenta temperaturas de estufa de até 50 graus.
Quando se fala em secar, quer dizer que a resina passou do estado líquido para o sólido.
Algumas resinas, de baixa espessura levam de 4 a 6 horas para estarem secas ao toque. Mas pra poder lixar, precisa esperar pelo menos 24 horas.
Maaaaaas olha só, isso aqui não serve para todas as resinas, apenas para as resina que são mais rígidas, como é o caso da 2001, 2004 da Redelease.
Algumas resinas, são mais flexíveis e demoram mais tempo para serem lixadas.
Evolução correta das lixas para lixar e polir a resina epóxi

Agora que a resina epóxi está devidamente seca e curada chega a parte do lixamento propriamente dito.
Caso seja necessário plainar muito a peça, é necessário adotar lixas com granulações um pouco mais grossas como uma 60, por exemplo.
Além disso, é importante seguir uma evolução da granulação durante o processo de lixamento.
Pode-se começar com uma 60 e aumentar a granulação (diminuir a “grossura”) gradativamente conforme as imperfeições vão diminuindo.
Exemplo de granulações e as aplicações:
Granulação | Tipo | Finalidade | Exemplo de Aplicação |
60 80 a 100 | Grossa | Correção de grandes imperfeições | Áreas maiores que apresentem grande diferença de nível |
120 150 220 | Média | Correção de imperfeições medianas | Áreas maiores que apresentem diferença moderada de nível |
320 400 | Fina | Opção mais grossa para acabamentos finos | Áreas já niveladas e entrando na fase de acabamento |
600 800 1000 1200 | Muito Fina | Principal opção para acabamentos finos | Áreas em processo de acabamento. Recomendada para acabamentos foscos |
1500 | Extremamente Fina | Início de processo de polimento, porém, sem muito brilho. | Acabamentos finos em fase de polimento onde não se deseja muito brilho na área |
2000 ou mais | Polimento | Finalização de processo de polimento. Acabamento com brilho. | Acabamentos finos em fase final de polimento onde se deseja que a área fique lustrosa |
É importante observar que a evolução da granulação das lixas deve ser gradativa ainda que sejam consideradas do “do mesmo tipo”.
Por exemplo, se for necessário corrigir imperfeições medianas é necessário seguir a seguinte evolução: primeiro a lixa de granulação 120, depois a de 150 e a de 220 por último.
Note que todas são classificadas como médias, porém, para um acabamento impecável é altamente recomendável que se siga essa evolução. Se você pular alguma lixa, com certeza ao final sua peça ficará com muitos riscos.
Para o trabalho com resina epóxi é interessante investir em lixas que possuam materiais duros na composição dos grãos como óxido de alumínio ou lixas diamantadas, por exemplo.
Lixas d’água – após o uso é recomendável lavar e manter a lixa em recipiente fechado com água. Isso mantém a lixa hidratada e aumenta a sua vida útil.
Entre a troca de lixas, limpe bem a superfície que foi trabalhada. A presença de grãos mais grossos do processo anterior pode acabar riscando a superfície em que se está trabalhando.
Aconselhável passar um pano umedecido de microfibra com solvente bem volátil (que evapora rapidamente).
Caso você queira comprar uma lixadeira, eu tenho a modelo LRV 430 da Vonder. Essa lixadeira é muito resistente. É pau pra toda obra. De todos os modelos que eu já pesquisei, esse foi a que tem o melhor custo benefício. É esse modelo amarelo aqui embaixo. Só clicar na imagem que você que vai direcionar para a Amazon. Já deixei separado o melhor valor para você. Ou pode clicar aqui.
Lixamento seco ou úmido?
Nas granulações mais grossas, costuma-se optar pelo lixamento seco por se tratar de um processo mais “grosseiro”.
Lixamento úmido é recomendado para acabamentos mais finos (a partir de 1000 a 1200 aproximadamente).
Lixamento mecanizado

Caso possua algum equipamento para o processo de lixamento e polimento, separamos algumas dicas valiosas para você.
Seja qual for o aparelho que você utilize: lixadeiras de fita (mais grosseiras), politrizes ou roto orbital (para acabamentos finos); é necessário atentar para o seguinte:
- Mantenha uma empunhadura firme;
- Respeite a evolução da granulação da lixa;
- Prefira rotações baixas para evitar o aquecimento excessivo que pode acabar deformando a resina;
- Mantenha o aparelho em constante movimento;
- Não aplique força excessiva visando acelerar o processo.
Lixamento manual

Essa técnica é indica para peças ou superfícies pequenas, mas nada impede sua aplicação em trabalhos maiores. Apenas será um pouco mais trabalhoso.
Além das dicas do lixamento mecanizado que são aplicáveis aqui também como:
- Evolução da granulação da lixa;
- Não aplicação de força excessiva para acelerar o processo.
Ainda separamos essa dica de ouro que, com certeza, fará toda diferença nessa parte do processo: intercale o sentido do lixamento conforme aumenta a granulação.
Imagine que você está lixando uma superfície e começa com a granulação 60. Opte por seguir um único sentido. Digamos que vertical.
Ao evoluir para uma 80 ou 100, adote o sentido horizontal.
Essa dica auxilia muito no controle do quanto deve ser lixado com a atual granulação pois, o “rastro” deixado pelo processo anterior ficará bem demarcado e deixará claro o que foi trabalhado no lixamento passado e no atual.
Processo de polimento e Conclusão sobre Como Lixar e Polir a Resina Epóxi
Se você quer realmente aprender Como lixar e polir a resina epóxi, entenda uma coisa: o processo de polimento é muito parecido com o de lixamento. A diferença aqui é que, como as imperfeições já foram corrigidas, o intuito é dar brilho à resina epóxi.
É importante fazer a combinação correta de boinas e polidores: para as boinas mais abrasivas é indicado um polidor nº 1. Para as mais macias, um polidor nº 2.
Para finalizar com aquele brilho incrível, a boina de espuma combinada com uma boa cera.
CONCLUSÃO – Gostou do nosso manual? Se conseguimos ajudar você a tirar alguma dúvida com ele, nos deixe um feedback nos comentários abaixo!
Só é possível Ter Brilho nas peças com o Lixamento?
Pra quem está iniciando, é normal que você pense que todas as peças tenham algum tipo de lixamento ou polimento. Mas a verdade é que não.
Existem várias técnicas que dispensam lixamento ou polimento e a resina ficam com um aspecto super brilhante.
Umas dessas técnicas é o efeito mar, com a qual eu trabalho. Veja o aspecto dessas peças:

Nenhuma dessas peças passou por qualquer tipo de lixamento ou polimento para ficar com esse brilho.
Isso na verdade é uma técnica de vitrificarão feita com a própria resina epóxi, e que pode ser feita em qualquer tipo de peça de resina.
Da absolutamente MUITO MENOS trabalho, não faz sujeito e nem tem esforço e fica com aspecto igual ao polimento.
Além de valorizar muito melhor as minhas peças com o efeito mar.
Falando nisso, se você quiser aprender sobre essa arte, eu tenho um curso que se chama Máquina de Ondas. Nele eu ensino como criar peças de resina com efeito oceano e ondas realísticas, investimento em apenas 2 ferramentas e 3 pigmentos.

Você tá ai pesquisando sobre como transformar essa paixão que você teve pelas peças de resina em algo lucrativo né? Então eu vou te mostrar o que eu faço para ganhar dinheiro com esse hobby maravilhoso de resina.
Eu comecei na resina em 2019 e eu já vi muita coisa de lá pra cá. Você também já deve ter visto muitas peças encantadoras em resina, tanto peças grandes como as mesas, como pequenas como chaveiros e pingentes, todas são muito bonitas e da vontade de aprender tudo, mas a verdade sobre essas peças a maioria das pessoas não conhecem.

- Criar peças grandes como mesas de resina tem um custo muito alto por conta da resina. Isso porque a resina é vendida por kg, e para fazer uma mesa, aquelas com um rio por dentro, se gasta em média de 6kg a 8kg de resina (aprox. R$ 1.800,00 de resina) e da resina mais cara. Isso sem contar as ferramentas e outros materiais. Então o custo de produção é muito alto. Você precisa já ter um público muito selecionado que vá pagar o valor da mesa.
Do outro lado, tem as peças de resina que se gasta muito pouco, como os pingentes, chaveiros e canetas. Se gasta realmente pouca resina e pouco material para produzir cada peça.

- O problema é a margem de lucro sobre essas peças. Imagine vender cada chaveiro por cerca de R$30. Sim, esse é o preço médio desse tipo de artesanato. Sabe como é artesanato aqui no Brasil né? Isso significa que, para atingir uma renda de R$3.000,00 em uma mês, você precisaria fabricar e vender nada menos que 100 chaveiros. São 3 chaveiros por dia, sendo produzidos e vendidos. Eu já fiz e desisti, porque é muito trabalhoso.
Sabendo de tudo isso e vendo que nenhuma dessas técnicas se encaixaria com o meu estilo de vida, meu espaço e meu orçamento, eu desenvolvi uma técnica de resina que muda completamente a visão que as pessoas tem sobre artesanato.
Essa técnica eu chamo de efeito oceano. Ela consiste na criação de camadas superficiais de resina, que representam o mar em 3 dimensões, com ondas tão realísticas que parecem uma imagem real do oceano.
Eu optei por esse nicho porque eu sou apaixonado pelo Mar e após muitas pesquisas de mercado, eu vi que o segredo para ter lucro no artesanato é criar peças temáticas e que deixam as pessoas com o queixo caído. Mas essas pessoas são qualquer uma, são pessoas apaixonadas pelo mar.

É possível produzir peças com uma quantidade muito pequena de resina, gastando R$ 10 a R$ 15 e vende-las a R$ 130,00 por exemplo, como tábuas de servir e porta chaves, ou peças ,maiores, de alto valor, cobrando R$ 500 R$ 1.000 R$ 2.000,00 ou mais, como os quadros.
Mas o mais incrível é que essas peças não só utilizam menos resina, elas na verdade são percebidas como verdadeiras obras de arte por suas características únicas e escassas. É uma técnica que praticamente ninguém sabe fazer.
Imagine oferecer aos seus clientes a sensação de ter um pedaço do mar dentro de suas casas, seja em um quadro, uma tábua, um espelho ou outro produto fascinante?
Essas obras de arte com representações realísticas do mar são irresistíveis para aqueles que são verdadeiramente apaixonados pelas maravilhas do oceano. Pessoas apaixonadas pelo Mar amam e VALORIZAM artes que representam o mar.
A grande novidade é que você não precisa nem se perguntar como dominar essa técnica porque eu quero apresentar a você o meu curso “Maquina de Ondas”, um treinamento 100% online em vídeo aulas que já mudou a vindas de alguns alunos que eu vou te mostrar já já.

Nesse curso, você aprenderá todas as técnicas para criar ondas espetaculares na resina, com acesso aos melhores materiais e ferramentas nacionais e internacionais.
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18 Comentários
Olá estou com muita dificuldade em lixar e polir e finalizar blocos de resinaepoxy com flores preservadas será que pode dar me um conselho por favor ?
Para peças maiores o ideal é ter uma lixadeira orbital, você está lixando na mão ?
Caro Gutemberg,
Bom dia.
Por favor, consultando-o como especialista, que metais posso mergulhar na mistura da resina epóxi e endurecedor no tampo de uma River Table, por exemplo. Bijuterias seriam possíveis?
Aguardo retorno.
Muito obrigado.
Carlos V. Holanda
Olá Carlos, você pode mergulhar quase todos os tipos de metais, o que você não pode é exagerar na quantidade, pois isso pode alterar a resistência da resina e fazer a peça trincar. Recomendo colocar até o volume de metais uma quantidade de 1 terço em relação a quantidade de resina.
Muito esclarecedor. A explicação foi muito completa. Obrigada!
Feliz em poder ajudar!
muito obrigada pelas dicas!!! e para polimento manual qual seria a ordem correta? uso a cera de polir passando com a estopa mas ainda fica sem brilho.
Andrea, a ordem é a mesma, porém polir de forma manual não fica bom. Lixar você consegue na mão, mas para polir recomendo usar uma micro retifica ou uma politriz.
Qual tipo de verniz é aconselhável usar em resina epóxi.
Ciro, nenhum verniz é aconselhável usar. Apenas o processo inteiro de lixamento e no fim polir com uma pasta de polir. Pode ser pasta de polir carro, cera de carnaúba, dentre outros.
Olá, adorei as dicas. Após o processo com as lixas, há alguma pasta que eu preciso passar para dar mais brilho na peça?
Olá Pamela! Você pode usar pasta de encerar, óleo mineral, pasta de encerar carro, cera de caranuba… mas o que vai ter o melhor acabamento de todos é o Odies’ Oil. É internacional, mas é o melhor.
Gostei muito vou começar pôr esses dias quero saber mais sobre às lixas
Boa! Fico feliz em ter ajudado!!
Muito bem explicado.
obrigado
De nada! Um grande abraço.
Quanto de resina pra fazer uma mesa d 2 por 1
Olá Tiago, da uma olhada nesse artigo que vai te ajudar: https://guiadaresinaepoxi.com/quanta-resina-epoxi-se-gasta-em-um-projeto/